Maria deitada na cama, olhou para o relógio, eram três da manha ela tinha os phones postos de onde saia aquela musica doce e suave. Maria na escuridão do quarto olhava para cima, supostamente onde estaria o tecto branco que naquele momento estava negro, a única luz que se podia alcançar era da lua, aquela que estivesse noite chuvosa ou maravilhosa estava sempre lá. A luz da lua iluminava uma pequena parte do quartinho onde Maria no meio dos seus lençóis e aconchegada no edredon pestanejava tão frequentemente que quase adormecera. Ao longe Maria avistava o sol a pôr-se, não era assim tão longe, porque ali sentada ao lado dele, o longe tornava-se perto, o frio que fazia Maria bater os dentes tornava-se em no calor de uma bela tarde de verão, as poucas pessoas que passavam descontraídas nem se apercebiam de Maria e João. Eram testemunhas da paixão que os envolvia naquele pedacinho de areia, que para eles era o centro do mundo ou melhor para eles era o mundo era apenas aquilo, somente a brisa do mar a bater-lhes no rosto, os beijos e o momento interessavam, para Maria ele era o seu mundo.
Maria não acreditava nas mais lindas promessas de amor que João ao olhar-lhe nos olhos dizia, ela no fundo acho que acreditava, parecia que as palavras flutuavam e entravam directamente dos ouvidos ao coração, ela tinha de conte-lo para ele não sair disparado pela boca então empenhava-se nos beijos calorosos assim o seu saltitante coração já não sairia, podendo continuar a bater por João. Maria só faltava chorar de emoção, a perfeição do momento, as palavras intensas ditas ao ouvido, João estava a portar-se a altura e um verdadeiro príncipe e Maria claro não queria em momento algum decepcionar o seu príncipe e acompanhava tudo ao menor pormenor.
O sol tinha se ido por completo, estava escuro, Maria fechou os olhos e sentiu um frio tão grande que muito rapidamente abriu os olhos e … Era um sonho.
Maria voltou a fechar os olhos e duas lágrimas salgadas caíram sobre o seu rosto, ela deitada na cama sentiu algo na sua mão, que estava tão fechada que parecia guardar a pedra mais preciosa do mundo, abriu-a e eram grãos de areia. Maria muito espantada pensou :
- Isto foi mesmo um sonho?
De repente o seu coração bateu tão forte, que Maria em pé ao lado da cama de mão fechada, abriu-a e deixou cair os grãozinhos de areia sobre o tapete do quarto e disse :
- Sim foi um sonho!
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
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